Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoide (ICSI)
A técnica de ICSI surgiu em 1992. Começou a ser utilizada por nós em 1994, com a nossa primeira gestação e nascimento ocorrendo em 1994. O procedimento básico desta técnica é conhecido como micromanipulação, e começou a ser desenvolvido no início dos anos 90, com o objetivo de dar um “empurrãozinho” aos espermatozoides com pouca força de locomoção.
Com o auxilio de um microscópio especial e de uma microagulha, o espermatozoide é injetado diretamente no interior do óvulo. Com essa técnica, basta que se tenha um único espermatozoide viável para a fertilização tornar-se possível. Após a fecundação, assim como na fertilização in vitro convencional, os embriões formados são mantidos em uma incubadora, até que cheguem ao número ideal de células, para que possam ser colocadas então dentro do útero da paciente. A transferência embrionária para a cavidade uterina é realizada do 2º ao 7º dia de desenvolvimento embrionário, também como na fertilização in vitro convencional.
A transferência é habitualmente realizada sem necessidade de sedação, com a paciente em posição ginecológica, com a bexiga cheia e guiado por ultrassonografia via abdominal.
A ICSI pode ser utilizada nos seguintes casos:
- casais que tenham pouca quantidade ou baixa qualidade de espermatozoides;
- nos casos de pacientes com vasectomia prévia ou qualquer outra alteração do sistema reprodutor masculino, que não permita a saída de espermatozoides no ejaculado;
- infertilidade sem causa aparente;
- quando houve falha de fertilização pela técnica convencional.