Dia Mundial de Luta contra o Câncer: oncofertilidade possibilita que pacientes tenham filhos
Fonte: Sbra acessada em 10/04/19
No dia 8 de abril é celebrado o Dia Mundial de Luta contra o Câncer. Nos últimos anos, além de estudar a cura do câncer, profissionais da saúde também se preocupam em manter a qualidade de vida dos pacientes. A radioterapia, quimioterapia e cirurgias utilizadas no tratamento do câncer podem, muitas vezes, levar à infertilidade, e por isso, falar sobre as possibilidades de preservação da fertilidade após tratamento da doença pode afetar diretamente no bem estar das pessoas.
Oncofertilidade é uma especialidade da medicina que tem como objetivo manter a fertilidade dos pacientes com câncer que desejam ter filhos após o tratamento da doença. “É fundamental que a sociedade informe-se a respeito do assunto. Tanto pacientes, quanto familiares e médicos oncologistas devem saber que na maior parte dos cânceres podem ser adotadas estratégias para a preservação da fertilidade”, afirma Carlos Alberto Marcondes, médico associado da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA).
Para que haja sucesso no processo de preservação da fertilidade, recomenda-se que haja o congelamento espermatozoides, óvulos, embriões ou tecido testicular e ovariano antes de começar o tratamento para cura do câncer. Dentro do processo, deve-se escolher o método mais adequado, em tempo hábil, sem prejudicar a saúde do paciente e em conjunto com o médico responsável pelo tratamento do câncer.
Tratamento do câncer – O tipo de tratamento escolhido para a cura do câncer pode prejudicar mais a fertilidade dos pacientes. Alguns tipos devem ser, se possível, evitados. “Os agentes alquilantes, por exemplo, utilizados no tratamento do câncer de mama têm ação devastadora nos ovários, provocando com frequência a falência ovariana.”, explica Carlos Alberto.
A rádio e a quimioterapia, métodos mais comuns para o tratamento do câncer, podem afetar tanto os testículos quanto os ovários, por isso a importância de escolher o tipo de tratamento menos tóxico para as gônadas. A radioterapia, por exemplo, mesmo em doses cumulativas baixas pode provocar diminuição dos espermatozóides e em doses mais altas pode provocar danos irreversíveis nos homens.
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