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Câncer feminino, criopreservação e fertilidade

Existem opções para preservar a fertilidade em mulheres recém-diagnosticadas com câncer

Técnicas de Reprodução Assistida permitem ao médico retirar e congelar óvulos, embriões ou tecido ovariano, antes de iniciar o tratamento oncológico. Desta forma, é possível ter filhos após receber alta do tratamento. Este processo é chamado de criopreservação ou congelamento. Os cânceres mais comuns em meninas e mulheres jovens são: linfoma de Hodgkin ou não-Hodgkin, leucemia, câncer de tireoide, câncer de mama, melanoma ou câncer ginecológico (colo do útero, útero ou ovário). A maioria desses cânceres pode ser tratada com quimioterapia, radiação ou uma combinação de ambos. Diversos fatores podem interferir na fertilidade após o tratamento. Esses fatores incluem idade, a dose e a localização da radiação, o tipo de medicamento quimioterápico utilizado durante o processo.

A quimioterapia é eficaz no tratamento de muitos tipos de câncer, mas pode causar infertilidade, prejudicando ou diminuindo o número de óvulos.

Criopreservação de embriões

 A criopreservação de embriões é a forma mais comum de preservar a capacidade de engravidar no futuro. A mulher deve se submeter a um procedimento chamado fertilização

in vitro (FIV). Na FIV, ela receberá hormônios para estimular os ovários a produzir uma série de óvulos. Os óvulos serão aspirados por sucção suave. Os embriões são produzidos em laboratório juntando o esperma e o óvulo. Os óvulos fertilizados, ou embriões, são então congelados. A mulher pode até mesmo optar por realizar testes genéticos nos embriões antes de congelá-los (técnica chamada PGD ou Diagnóstico Genético Pré-Implantação). O PGD pode ser usado para identificar algum distúrbio genético específico (por exemplo, para verificar o gene BRCA em uma mulher com câncer de mama). Se a mulher decidir que quer ter filhos após o tratamento do câncer, um ou dois embriões podem ser colocados em seu útero com ou sem a ajuda de medicamentos.  No total, o processo pode levar de duas a três semanas para ser concluído.  Em alguns casos se a paciente precisar de quimioterapia ou tratamento de radiação, talvez não consiga esperar o tempo necessário. Dependendo do tipo de tumor, existem algumas contra indicações para o uso de hormônios indutores da ovulação. Por isso, todas as condutas devem ser pensadas em conjunto pelo oncologista e o especialista em reprodução assistida.

A criopreservação de embriões oferece as melhores chances de gravidez. As probabilidades de um embrião sobreviver ao processo de congelamento e descongelamento e implantação no útero são ainda maiores do que as chances de obter uma gravidez de embriões oriundos de óvulos congelados ou tecido ovariano congelado.

Se a paciente optar pela criopreservação de embriões, precisará ter um esperma para fertilizar seu óvulo antes de congelar. Se a paciente não tem um parceiro, o esperma de um doador pode ser usado. Se nenhuma dessas fontes de esperma for possível ou estiver disponível para a paciente, o congelamento de óvulos é uma boa opção.

Criopreservação de óvulos (oócitos)

As mulheres podem escolher esta opção sobre a criopreservação de embriões se não tiverem parceiros masculinos atuais ou por razões pessoais / religiosas. Os procedimentos

para o congelamento de óvulos melhoraram muito nos últimos 10 anos, tornando esta uma boa opção para muitas mulheres. Apesar do sucesso do congelamento de óvulos,as taxas de gravidez ainda são maiores por congelamentode embriões do que por óvulo congelado. Isso ocorreporque, no momento em que um embrião é congelado, elejá foi fertilizado e cultivado por vários dias, mostrando seupotencial reprodutivo. Este processo ainda envolve FIV enormalmente requer duas a três semanas.

Criopreservação de tecido ovariano

Uma outra maneira de congelar os óvulos, seria congelando-os no próprio tecido ovariano, onde estão em repouso, no ovário da mulher. Neste procedimento, o ovário é removido sendo seu tecido cortado em lâminas finas. Essas lâminas são então congeladas.

Após o a alta do tratamento do câncer, as lâminas do tecido ovariano são descongeladas e inseridas no ovário residual ou num local próximo a ele. Talvez a paciente precise ser tratada com hormônios de fertilidade para que este tecido produza um óvulo. Algumas pacientes terão que ser submetidas a outros procedimentos cirúrgicos e alguns tipos de câncer possuem risco de ter células alteradas no tecido criopreservado.

É importante dizer que pela melhora dos resultados a criopreservação do tecido ovariano está deixando de ser um procedimento experimental.

Referências: SOCIEDADE NORTE-AMERICANA PARA MEDICINA REPRODUTIVA

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