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Monkeypox ou Varíola do Macaco e atendimentos em Clínicas de Reprodução

NOTA TÉCNICA: Posicionamento das Sociedades Latino-americanas de Reprodução Humana e Ginecologia e Obstetrícia

Recentemente, a Organização Mundial da Saúde declarou a infecção viral conhecida como Monkeypox como uma emergência global em função do rápido crescimento dos casos.

Por solicitação da ANVISA, a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), em conjunto com outras sociedades irmãs, elaborou uma Nota Técnica com orientações a serem implementadas pelos Bancos de Células e Tecidos Germinativos (BCTGs), denominação dada às clínicas que trabalham com reprodução humana assistida.

O propósito das condutas é minimizar o risco de transmissão da doença.

Dr. Álvaro Ceschin, Diretor do Feliccità Instituto de Fertilidade e atual presidente da SBRA, esclarece alguns pontos importantes abordados pelas sociedades. Também disponibilizamos para download a Nota Técnica, para quem desejar acesso ao conteúdo na íntegra.

1 – O que os especialistas de reprodução assistida já puderam observar com a crescente de casos no Brasil?

Sabe-se que a transmissão desta forma de varíola em humanos ocorre principalmente por meio de contato com secreções respiratórias, lesões de pele infectadas ou objetos recentemente contaminados. Importante informar que o vírus é encontrado no sêmen e nas secreções vaginais. 

> Período de incubação de 6 a 16 dias, sendo o sintoma mais característico as erupções na pele.

> No período de invasão inicial de 0 a 5 dias, é frequente ocorrer febre, dor de cabeça intensa, aparecimento de linfonodos, dor lombar, dor muscular e fraqueza. 

> As erupções aparecem de 1 a 3 dias do início da febre com aspecto uniforme, que geralmente inicia pelo rosto e face se espalhando pelo corpo, podendo acometer mucosas e genitais tanto masculinos como femininos. As lesões seguem uma evolução de máculas, pápulas, vesículas, pústulas e em cerca de 10 dias chegam a crostas.

> O diagnóstico diferencial com outras patologias com manifestações cutâneas, como varicela, rubéola, sífilis, doenças bacterianas, escabiose e reações medicamentosas precisa ser realizado.

2 – A infecção pode interferir no número de procedimentos de FIV?

A importância da nota técnica e do diagnóstico precoce vem para que não haja um aumento exponencial da infecção que possa vir a afetar o número de procedimentos de reprodução realizados.

É importante ressaltar que a transmissão entre humanos ocorre principalmente pelo contato pessoal com secreções respiratórias e lesões de pele de pessoas infectadas, não devendo ser restrita a grupos específicos.

3 – Quais orientações e cuidados são sugeridos para os profissionais da área de reprodução assistida?

Trabalhadores de saúde têm potencialmente maior risco de contaminação, assim como familiares e contatos diretos de pacientes infectados.

Reforçando que o vírus do MPX pode ser encontrado no sêmen e nos fluidos vaginais.

⚠ ️Em casos de suspeita de infecção, amostras das lesões devem ser coletadas e transportadas adequadamente para um laboratório com capacidade diagnóstica.

⚠ ️ Manter nas equipes medidas preventivas como máscaras, aventais de proteção e luvas.

⚠ ️ Notificar ao setor de Vigilância Epidemiológica a possibilidade de casos suspeitos ou positivos, para seguimento e tratamento.

4 -Quais as orientações para os pacientes sugeridas na Nota Técnica?

⚠ ️ Incluir dados no questionário para pacientes previamente às consultas, indagando sobre a presença dos sinais clínicos citados ou contato com pessoa portadora.

5 – Visto que o vírus MPX pode ser encontrado no sêmen e fluidos vaginais, os procedimentos de reprodução assistida serão interrompidos?

Em casos positivos de sinais e sintomas, assim como de contato definido com portador, a recomendação é abster o atendimento de reprodução assistida por um período de pelo menos 21 dias, para o infectado, até a remissão das crostas, quando deixa de infectar.

Todas as medidas preventivas já foram adotadas por nossa equipe. Esperamos desta forma evitar possíveis interferências nos procedimentos de reprodução assistida por consequência da Monkeypox.

Para informações complementares faça o download da Nota Técnica ou fale com nossa equipe através dos canais internos!

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