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Conduta na infertilidade sem causa aparente

A infertilidade, ou dificuldade em conceber acomete 1 em cada 8 casais segundo estudos da Academia Americana de Medicina, sendo que o conceito de ser uma doença foi ratificada por eles na ultima conferência neste ano de 2017.

Cerca de 30% das causas de infertilidade são por algum problema no aparelho reprodutor masculino, 30%, alterações no aparelho reprodutor feminino, 30 % por alguma combinação de alterações tanto no homem quanto na mulher. No entanto 10% das vezes não se encontra uma disfunção psicológica ou física em nenhum dos parceiros. Nestes casos define-se como infertilidade ou esterilidade sem causa aparente, ou ESCA.

Para chegar a esta conclusão o homem tem de ter uma boa contagem e qualidade espermática definidas pelo espermograma. Na mulher alguns exames para checagem do aparelho reprodutor feminino como ultrassonografia pélvica transvaginal, histerossalpingografia e painel hormonal dentro de padrões adequados devem estar normais para que ela se encaixe dentro deste diagnóstico.

A dificuldade de gerar um filho leva a alteração de alguns indicadores de qualidade de vida como a depressão, sensação de culpa, vergonha, inadequação e isolamento social, sendo percebidos tanto no homem quanto na mulher. O diagnóstico precoce melhora estes indicadores, bem como o prognóstico de gravidez, segundo os delegados da Associação Médica Americana, cujos dados podem ser extrapolados para a população brasileira.

Frente a esta questão algumas atitudes poderiam ser tomadas. O controle ultrassonográfico seriado de ovulação seria uma delas. Realizam-se uma série de exames a partir da menstruação aferindo o desenvolvimento dos folículos que contem os óvulos no ovário, bem como o aumento de espessura e mudança de padrões do endométrio. Podem de esta forma detectar que não houve a ruptura do folículo, ou síndrome do folículo não roto, que houve ruptura folicular antes do esperado, ou que não houve desenvolvimento de folículos. Muitas pacientes ainda podem desenvolver cistos nos ovários como conseqüência dos medicamentos indutores de ovulação. Situações que poderão ser equacionadas e mesmo resolvidas.

A vídeo laparoscopia como alternativa para aprofundar a investigação em pacientes com histerossalpingografia com padrão de normalidade pode ser questionada. No entanto alguns trabalhos têm reforçado que apenas por este método é possível detectar níveis iniciais de endometriose pélvica, bem como presença de finas aderências entre ovário e trompas, sendo que estas patologias podem ser tanto diagnosticas quanto tratadas por este método.

Vemos que o aprofundamento das investigações podem nos ajudar a descobrir uma causa da dificuldade em engravidar que a principio não poderia ser observado pelos outros exames. Também outras alternativas como as de tecnologia de reprodução assistida poderão ser empregadas.

Dr. Alvaro Ceschin 

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