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Como as tecnologias de reprodução assistida podem ajudar os casais com infertilidade sem uma causa aparente

Muitos casais com problemas de infertilidade conseguem engravidar com as tecnologias de reprodução assistida, que vem cada vez mais revolucionando o mundo em que vivemos. Quando aprofundamos a investigação em casais com este tipo de diagnóstico, quase sempre acabamos encontrando fatores que podem ser sanados, viabilizando uma gravidez.

A inseminação artificial, ou inseminação intra uterina, durante o período fértil da mulher seria uma alternativa válida. Esta tecnologia é indicada quando temos uma alteração no exame denominado de teste pós coital.

Na fertilização “in vitro” temos dados mais objetivos, principalmente quanto a qualidade dos óvulos obtidos, bem como dos embriões que serão transferidos.  Outro dado que devemos ficar atentos é na espessura e padrão do endométrio, a fina camada interna do útero onde o embrião ira fixar-se. Ele pode estar muito fino, ou espesso demais, ainda podemos perceber que ele não está em sincronia com o desenvolvimento folicular, definido como assincronia endometrial  –  que é quando para implantar o embrião, ele tem de chegar na cavidade uterina e encontrar o endometrio ideal que às vezes pode estar adiantado ou atrasado em relação a chegada do embrião, diminuindo suas chances de implantação.

Mesmo tendo um embrião morfologicamente normal, e um endométrio com espessura  adequada, o embrião poderá não implantar. Quando isso ocorre por 03 (três) vezes , a medicina define como falha de implantação embrionária.  Nestes casos podemos realizar algumas investigações mais aprofundadas tanto do embrião , quanto do endométrio.

Com relação ao embrião:

– Diagnostico pré implantacional(PGS).Procedimento preferencialmente realizada na fase de blastocisto,fase que o embrião atinge após 5 a 6 dias após a fecundação. Retira-se um fragmento do trofectoderma, uma biopsia de um grupo de células embrionárias, efetuando-se uma analise genética deste material por uma tecnologia denominada de NGS . Por meio dela verifica- se a existência,  ou não, de alguma alteração cromossômica do embrião antes que o mesmo  seja transferido para o interior da cavidade uterina.

Com relação à cavidade uterina e endométrio:

– Video histeroscopia – avaliação da cavidade uterina por meio de uma ótica que é acoplada a uma câmera de vídeo. Detecta-se de alterações morfológicas  como pólipos, sinéquias, endometrite. Além do diagnóstico, este método viabiliza o tratamento da alteração encontrada.

– ERA- exame realizado por meio de biopsia do endométrio .Existe uma série de gens que atuam na fixação ou não do embrião. O endométrio é classificado em não receptivo, pré- receptivo, receptivo e pós- receptivo. Isto viabiliza com que se transfira o embrião em um período onde ele terá maior chance de fixação

– Alterações imunológicas: células NK ou natural Killer podem estar ou não alteradas no endométrio. Isto pode ser detectada por meio de uma biopsia e analise específica. Em havendo uma alteração, pode-se utilizar alguns medicamentos que minimizam a ação deste tipo de células.

Mesmo com muitas dúvidas, a ciência reprodutiva tem avançado. Concordo com a frase de Marie Currie, uma cientista que ganhou por duas vezes o prêmio Nobel em Medicina “ Nada há na vida para temer, e sim para compreender. Estamos num tempo que devemos entender mais e assim temer menos”.

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